A criação da Raízen e sua trajetória de altos e baixos
A Raízen nasceu em 2011 como uma joint venture entre duas gigantes: Cosan e Shell. A proposta era clara: unir forças para dominar o mercado de energia renovável e combustíveis no Brasil e no mundo, com forte foco em sustentabilidade. Na época, a promessa de transformar a empresa em um pilar do mercado ESG (ambiental, social e governança) foi amplamente aplaudida.
Ao longo dos anos, a Raízen se destacou por inovações, como a produção de etanol de segunda geração e a ampliação da biomassa. Esse compromisso com energia renovável culminou no IPO em 2021, quando a companhia foi avaliada em R$ 74,4 bilhões, com as ações precificadas a R$ 7,40. Foi uma das maiores ofertas públicas daquele ano, destacando-se por atrair investidores nacionais e estrangeiros.
No entanto, os resultados recentes mostram uma queda expressiva. No último trimestre de 2024, a Raízen registrou prejuízo líquido de R$ 878,6 milhões, revertendo um lucro de R$ 2,66 bilhões no mesmo período do ano anterior. A receita também caiu 2,3%, pressionada por déficits hídricos e incêndios florestais que prejudicaram a produtividade da cana-de-açúcar. Além disso, o fim do guidance financeiro aumentou a incerteza no mercado, levando as ações da empresa (RAIZ4) a fechar em R$ 1,93, uma queda de 5,39%.
A história da Raízen reflete um paradoxo: enquanto se posiciona como uma líder no mercado de energia limpa, enfrenta desafios econômicos e operacionais que colocam em xeque o potencial de longo prazo.
Saiba mais:
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